Advogado de Zambelli: Se sabiam onde ela estava, por que não buscaram antes?
Em entrevista à CNN nesta terça-feira (29), o advogado Fabio Pagnozzi, responsável por representar a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), questionou indiretamente autoridades brasileiras, que afirmavam saber do paradeiro da cliente.
Segundo ele, se as autoridades já sabiam do paradeiro da deputada licenciada, haveria inconsistências na cronologia das ações.
“Se a gente for olhar a linha cronológica, a gente pega o embaixador [Renato] Mosca que dizia que já sabia o paradeiro, que a Polícia Federal já sabia onde estava Carla Zambelli”, disse Pagnozzi durante o CNN Prime Time.
“Olha o lapso temporal que a gente passou. E hoje a Carla foi se entregar. Então se eles soubessem onde estava a Zambelli antes, por que não pegaram antes?”, questionou.
Pagnozzi relatou que a parlamentar decidiu se entregar às autoridades italianas após um período de isolamento, durante o qual enfrentou bloqueios em suas contas bancárias e redes sociais, além de restrições no acesso à família.
A apresentação às autoridades ocorreu na Instituição de Cultura de Roma, onde ela passou por questionamentos de praxe.
Estratégia de defesa
O advogado explicou que o processo depende inicialmente da decisão do Ministério da Justiça italiano sobre a extradição.
A defesa argumenta que Zambelli não teve um julgamento justo no Brasil, citando a falta de acesso ao duplo grau de jurisdição e questionando a condenação baseada no depoimento de um hacker que, segundo Pagnozzi, alterou seu testemunho cinco vezes.
Sobre a custódia atual, o advogado informou que há um prazo de aproximadamente 72 horas para que um juiz de garantias decida se Zambelli poderá ter sua liberdade restabelecida, ainda que com medidas cautelares, ou se permanecerá sob custódia enquanto aguarda a decisão sobre o processo de extradição.
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