PF conclui que Braga Netto foi ‘figura central’ na implantação de estratégias para desacreditar sistema eleitoral

A Polícia Federal (PF) concluiu que o general Braga Netto, preso desde dezembro de 2024, atuou como “figura central” na implementação de estratégias para desacreditar o sistema eleitoral brasileiro durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A PF encontrou mensagens em um grupo de WhatsApp denominado Eleições 2022, composto por seis pessoas, entre elas, Braga Netto e Peregrino. “As trocas de mensagens confirmaram a atuação do general Braga Netto como uma figura central para a implementação das estratégias visando desacreditar o sistema eleitoral e o pleito de 2022”, diz o relatório, produzido após a análise do celular do coronel do Exército Flávio Botelho Peregrino, ex-assessor de Braga Netto. Peregrino foi ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro e candidato a vice na chapa do então presidente nas eleições de 2022.
Segundo os investigadores, os citados atuaram na produção de revisão de um documento com informações falsas sobre fraude nas urnas. Eles também apontaram o envio dados falsos para basear a ação na qual o PL alegou ao TSE suspeitas de fraude no primeiro turno do pleito de 2022. A PF também alega que o grupo atuou na propagação de desinformação, a partir de “estudos falsos” para desacreditar as eleições presidenciais. O conteúdo era repassado a influenciadores digitais que são apoiadores de Bolsonaro, entre os quais, o argentino Fernando Cerimedo. Braga Netto está detido sob a acusação de obstruir a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado e tentar obter detalhes dos depoimentos de delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid.
*Com informações da Agência Brasil
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