Publicidade

Seja bem-vindo
Caieiras,27/07/2025

  • A +
  • A -

Cantoras negras celebram força da arte no Festival Latinidades

Publicidade


Logo Agência Brasil

Brasília vai sediar neste sábado (26) um encontro poderoso de vozes negras femininas na área externa do Museu Nacional. A partir das 19h, Zezé Motta, Malía, Isa Marques, Larissa Luz, Nessa Preppy, Duquesa, Luedji Luna, IAMDDB e Karol Conká marcam, com música e ativismo, o 18º Festival Latinidades — o maior da América Latina voltado para mulheres negras, latinas e caribenhas.

Mais do que um show, o encontro é também um grito de resistência. As artistas que sobem ao palco representam diferentes gerações e trajetórias, mas têm em comum o uso da arte como ferramenta política e pedagógica. Elas fazem da música uma linguagem de denúncia, de pertencimento e de transformação social.



Notícias relacionadas:

A cantora e compositora Nessa Preppy, nascida em Trinidad e Tobago, traz em suas canções uma mistura envolvente de soca, dancehall e afrobeat — e carrega consigo a força de quem aprendeu cedo a enfrentar o racismo.


“Fui tratada de forma diferente em inúmeras ocasiões e, como sempre fui o tipo de pessoa que fala o que pensa, enfrentei essas situações imediatamente”, contou à Agência Brasil.




Nessa destacou que as desigualdades estruturais permanecem em diversas frentes. “As mulheres sempre tiveram que se esforçar mais para provar seu valor, e ainda existem enormes desigualdades salariais e diferenças nos padrões exigidos de mulheres em comparação aos homens”, afirma. Para ela, a disparidade no acesso a plataformas e ferramentas entre homens e mulheres ainda é frustrante e revoltante.



Mesmo dentro de espaços considerados progressistas, a artista alerta para a reação negativa às lutas identitárias. “Acho que é uma falsa escolha colocar as lutas identitárias contra questões sociais mais amplas. Identidade não é distração — é uma lente que nos ajuda a construir mudanças mais inclusivas e duradouras.”.



O Latinidades, segundo Nessa, tem um papel crucial ao reunir diferentes gerações de artistas negras, latinas e caribenhas. “O trabalho que o festival realiza é muito impactante e significativo. Estou feliz por fazer parte e por poder compartilhar um pouco da minha cultura com o povo maravilhoso de Brasília”, afirma.



Mesmo sem se autodefinir como ativista, a cantora acredita na potência do que faz. “Conto histórias por meio da música, com foco nas mulheres sendo autênticas e fiéis a si mesmas. Quero encorajar as mulheres a continuarem falando sobre seus desafios e a compartilhá-los sem vergonha ou medo”, diz.



Para Nessa, apesar das diferenças culturais, muitas das experiências das mulheres — especialmente das mulheres negras — são universais.



Os ingressos para o show são gratuitos e devem ser resgatados na plataforma Sympla.

Publicidade



COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.