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Caieiras,25/06/2025

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'Histórica' e 'grande': Irã e Israel disputam narrativa da vitória após 12 dias de confronto

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Cessar-fogo começou na madrugada desta terça-feira (12). Em comunicados divulgados à nação, lideranças dos dois países tentam demonstrar força. Sob pressão de Trump, cessar-fogo frágil entre Israel e Irã entra em vigor
Tanto Irã quanto Israel declararam vitória no conflito que durou 12 dias, em uma tentativa de demonstrar força diante da população e aliados. A trégua começou na madrugada desta terça-feira (24), em um cessar-fogo costurado com a ajuda dos Estados Unidos e do Catar.
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Em um vídeo à nação israelense, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que o país obteve uma "vitória histórica" que será lembrada por gerações. Ele disse ainda que Israel precisa completar sua campanha contra o eixo iraniano, derrotando o Hamas e trazendo de volta os reféns mantidos pelo grupo na Faixa de Gaza.
Enquanto isso, as Forças de Defesa de Israel também indicaram que vão voltar seus esforços para a Faixa de Gaza para "desmantelar o regime" imposto pelo Hamas no território palestino.
Já o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, acusou Israel de iniciar a guerra, chamando o rival de "terrorista". Segundo ele, o conflito foi encerrado com "sucesso" pelo Irã, que teria alcançado uma "grande vitória".
Além disso, o Comando Militar do Irã divulgou um comunicado na imprensa estatal afirmando que Israel e EUA precisam aprender com os "golpes devastadores" conduzidos contra o território israelense e a base americana no Catar.
A ofensiva entre os dois países começou em 13 de junho, quando Israel bombardeou estruturas nucleares do Irã. Teerã revidou atacando cidades israelenses. Dezenas de pessoas morreram e centenas ficaram feridas.
O conflito escalou com a entrada dos Estados Unidos. No fim de semana, os norte-americanos bombardearam o Irã e disseram ter "obliterado" o programa nuclear do país. Na segunda-feira (23), o Irã respondeu com um ataque à base americana de Al Udeid, no Catar.
A resposta iraniana aos EUA, no entanto, foi considerada fraca pelo governo americano. Além disso, autoridades do Irã ouvidas pela imprensa internacional afirmaram que o país havia comunicado o Catar e os Estados Unidos sobre o ataque com horas de antecedência.
Segundo essas fontes, o objetivo era realizar uma ofensiva simbólica — uma forma de dar satisfação ao público interno sem fechar a porta para uma saída diplomática.
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Cessar-fogo sob tensão
O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, e o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu
Reuters
O cessar-fogo entrou em vigor por volta de 1h desta terça-feira, pelo horário de Brasília, segundo o presidente dos EUA, Donald Trump. Mas relatos de novos ataques em Teerã e declarações cruzadas entre os envolvidos colocaram o acordo sob incerteza logo nas primeiras horas.
Mais tarde, em uma rede social, Trump afirmou que tanto Israel quanto o Irã violaram os termos da trégua e disse estar "insatisfeito com os dois lados".
"Israel tem de se acalmar. Tenho de fazer Israel se acalmar", afirmou Trump ao embarcar para a cúpula da Otan, em Haia. Em uma rede social, o presidente dos EUA alertou: "Israel, não jogue suas bombas. Se fizer isso, será uma grande violação."
Papel dos EUA e do Catar na negociação
Trump antes de embarcar para a cúpula da Otan, na Holanda
Mandel Ngan / AFP
O anúncio do cessar-fogo foi feito por Trump após uma ligação com Netanyahu. Segundo a Reuters, o Irã também aceitou a trégua após contato mediado pelo primeiro-ministro do Catar, com envolvimento direto de altos funcionários da Casa Branca.
De acordo com uma fonte oficial americana, o Irã sinalizou que cumpriria o acordo caso não houvesse novos ataques de Israel.
A mesma fonte confirmou que participaram das negociações o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, e o enviado especial para o Oriente Médio, Steve Witkoff.
INFOGRÁFICO - Arte explica ataque dos EUA ao Irã e resposta de Teerã.
Arte/g1
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