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Caieiras,25/06/2025

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Em 5 anos, trilhas de vulcão onde brasileira caiu registraram 180 acidentes e 8 mortes, segundo o governo da Indonésia

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Juliana Marins, que fazia um mochilão pela Ásia e despencou em penhasco no caminho do cume do Monte Rinjani, foi encontrada morta nesta terça-feira (24). Monte Rinjani, na Indonésia, em foto de dezembro de 2014
Skyseeker/Flickr/Creative Commons
Oito pessoas morreram e 180 ficaram feridas em acidentes nos últimos cinco anos no Parque Nacional da Indonésia, onde a brasileira Juliana Marins foi encontrada morta nesta terça-feira (24). Ela caiu dentro de um vulcão durante uma trilha no Monte Rinjani, um dos destinos turísticos mais procurados da região. Os dados são do governo indonésio, divulgados em março deste ano.
A brasileira de 26 anos deslizou em um penhasco no último sábado (21) após ficar para trás do grupo com quem viajava na trilha rumo ao cume do monte. Segundo a família, ela estava a 650 metros da encosta.
A informação sobre a tentativa de resgate e a morte da brasileira foram compartilhadas pelo perfil criado pela família dela.
De acordo com dados do Escritório do Parque Nacional do Monte Rinjani, 35 acidentes foram registrados em 2023 e, no ano passado, o número subiu para 60 - ou seja, quase o dobro.
Mortes
2020: 2 mortes
2021: 1 morte
2022: 1 morte
2023: 3 mortes
2024: 1 mortes
Acidentes
2020: 21 casos
2021: 33 casos
2022: 31 casos
2023: 35 casos
2024: 60 casos
Do total de acidentados, 44 eram turistas estrangeiros e 136 turistas locais.
Família diz que brasileira na Indonésia morreu
Família confirma morte de Juliana Marins
Reprodução/Instagram
Aumento de visitação
O Parque Nacional do Monte Rinjani é uma área de conservação da natureza que desde o período pós-pandemia está numa tendência crescente do número de visitas.
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Por causa do aumento de incidentes, o governo indonésio emitiu um parecer em março para a necessidade imediata de criação de um “Procedimento Operacional Padrão (POP)” para busca, resgate e evacuação na unidade de conservação.
O documento aponta a necessidade de criação de protocolos para garantir a segurança de turistas, empresários do setor de turismo e organizar as equipes de resgate, com o objetivo de reduzir riscos aos visitantes.
Mapa mostra onde Juliana caiu
Reprodução/TV Globo
O relatório oficial destaca que o aumento de pessoas na região traz benefícios econômicos para a comunidade local, mas também amplia os impactos negativos no ecossistema e eleva o número de acidentes e até casos de desaparecimentos.
Segundo o governo, muitas ocorrências estão relacionadas ao descumprimento de normas de segurança pelos próprios turistas, como a falta de equipamentos adequados, despreparo físico, desconhecimento do terreno e desrespeito às trilhas demarcadas. Entre os tipos de acidentes mais registrados estão quedas e torções, com 134 casos.
Para reduzir o risco de acidentes foram implantadas placas de alerta nas áreas mais perigosas, o parque também realiza orientações aos visitantes nas entradas das trilhas.
O Monte Rinjani, com 3.726 metros de altitude, é o segundo vulcão mais alto da Indonésia e uma das trilhas mais desafiadoras do país. O percurso pode durar de dois a quatro dias e inclui trechos íngremes, instabilidade climática e riscos elevados, especialmente em épocas de neblina.
Outros casos
Em 2016, cerca de 400 turistas precisaram ser retirados dessa mesma trilha com urgência por conta do processo erupção do vulcão Rinjani. Essa foi a última vez que o vulcão entrou em erupção.
Entre 2022 e 2025, três turistas morreram em trilhas na região do Monte Rinjani. As vítimas foram um homem português, uma mulher suíça e um homem malaio.
Em 2022, Boaz Bar Anam, de 37 anos, nascido em Israel e de nacionalidade portuguesa, caiu de uma altura de 150 metros ao tentar tirar uma selfie na borda do cume, na rota de Sembalun. O corpo dele só foi resgatado após quatro dias de buscas em um terreno íngreme e clima instável.
O acidente com Boaz chamou mais atenção das autoridades por conta da falta de cuidado dele com a segurança.
Juliana Marins durante sua viagem para a Ásia
Reprodução
Em 1º de junho de 2024, a turista suíça Melanie Bohner morreu após cair durante uma escalada no Monte Anak Dara, em Sembalun. Embora não tenha ocorrido na trilha do Monte Rinjani, a escalada fica na mesma região.
Melanie foi encontrada morta no fundo de um barranco após percorrer uma rota não oficial e não recomendada pelas autoridades locais.
Melanie escalava sozinha na trilha não oficial, quando caiu em um barranco. Seu corpo foi encontrado horas depois por moradores locais.
O turista de 57 anos da Malásia caiu de uma ravina de 80 metros na trilha de Torean, após se soltar de uma corda de segurança.
A queda ocorreu em meio a neblina densa, o que dificultou o resgate. Rennie recusou ajuda dos guias momentos antes do acidente.
Todos os três casos envolveram quedas em áreas de risco, muitas vezes sem o uso adequado de equipamentos de segurança ou em trilhas não recomendadas.
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