Banco Central autoriza aumento de capital do Master em R$ 1 bilhão, mas BRB ainda aguarda aporte final

O Banco Central autorizou o aumento de capital do Banco Master em R$ 1 bilhão, elevando o patrimônio da instituição de R$ 2,761 bilhões para R$ 3,763 bilhões. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (18) no Diário Oficial da União e representa um passo importante para viabilizar a venda de parte do Master ao Banco de Brasília (BRB). A injeção de capital faz parte de uma das exigências do BRB para seguir com a aquisição de 58% do capital total do Master. No entanto, o valor ainda representa apenas metade do compromisso de capitalização de R$ 2 bilhões firmado entre os controladores do Master e o próprio Banco Central.
A ampliação de capital foi conduzida pela área de Organização do Sistema Financeiro da autarquia e tem como objetivo reforçar a solidez patrimonial da instituição financeira antes da conclusão da negociação.
Entenda a operação
O negócio entre o BRB e o Banco Master, anunciado em março deste ano, prevê a aquisição de 49% das ações ordinárias, 100% das ações preferenciais e, com isso, 58% do capital total do Master. Na semana passada, o BRB entregou ao Banco Central toda a documentação necessária para a análise da operação. A partir de agora, começa a contar o prazo de até trezentos e sessenta dias para que o regulador avalie o processo de compra.
Fontes próximas às negociações afirmam que a capitalização em andamento reduz o risco para o BRB, já que o aumento de patrimônio líquido melhora os indicadores financeiros do Master. O banco, que tinha R$ 4,1 bilhões em patrimônio até junho do ano passado, passará para R$ 6,1 bilhões após a conclusão total da injeção de capital.
Expectativas do BRB
O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, avalia que a aquisição abrirá novas frentes de atuação nacional para o banco, ampliando o alcance da instituição para além do Distrito Federal. Atualmente, o BRB possui aproximadamente oito milhões e novecentos mil clientes, com ativos que somam R$ 61 bilhões e presença em vinte unidades da Federação.
Além de expansão de mercado, o banco brasiliense projeta um retorno expressivo aos acionistas. A expectativa é que o negócio gere até R$ 2 bilhões em lucro nos primeiros cinco anos após a conclusão da compra. A operação, no entanto, ainda depende da aprovação final do Banco Central para ser formalizada.
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