Secretário do Tesouro dos EUA diz estar 'confiante de que a China quer chegar a um acordo sobre tarifas'
Em entrevista a um canal americano, Scott Bessent falou sobre as tarifas impostas pelo país e afirmou que 'a incerteza estratégica é a tática de negociação de Trump'. O secretário de Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou que está confiante de que o país e a China chegarão a um acordo sobre tarifas em entrevista ao canal Fox Business Network, nesta quinta-feira (1º).
"Estou confiante de que os chineses vão querer chegar a um acordo. E, como eu disse, este será um processo de várias etapas. Primeiro, precisamos reduzir a tensão e, com o tempo, começaremos a nos concentrar em um acordo comercial maior", disse.
A guerra comercial entre China e EUA foi desencadeada pelas tarifas anunciadas pelo presidente Donald Trump no dia 2 de abril. O presidente aumentou as taxas cobradas para produtos importados para vários países, mas depois recuou.
No momento, apenas o governo chinês segue sendo taxado e, após uma série de retaliações, as tarifas podem alcançar 245% em alguns casos.
Pequim respondeu com novas tarifas de 125% sobre as importações dos EUA.
Apesar das declarações otimistas sobre um acordo, Bessent reafirmou acusações contra Pequim.
Afirmou que os Estados Unidos vão "derrubar as barreiras comerciais desleais da China", que "a economia chinesa está desacelerando substancialmente" e que a situação "pode ser devastadora".
Esta semana, em entrevista à revista "Time", Trump disse que recebeu uma ligação do presidente da China, Xi Jinping, para falar sobre a guerra tarifária entre os países e que seu governo está em negociação ativa com os chineses para chegar a um acordo comercial que evite o tarifaço.
Na sexta-feira (25), o governo chinês negou estar tendo qualquer conversa sobre tarifas com o presidente Donald Trump e disse que os EUA deveriam "parar de criar confusão".
Trump afirma que tarifas sobre produtos da China vão diminuir substancialmente
Na terça-feira (22), Trump disse que um acordo com Pequim poderia "reduzir substancialmente" as tarifas impostas pelos EUA sobre a China e indicou que o acordo final não ficará "nem perto" das taxas atuais. Ele acrescentou, no entanto, que "não será zero".
A disputa comercial — que, segundo Trump, é uma retaliação por práticas comerciais injustas — abalou os mercados e aumentou os temores de uma recessão global.
China e EUA
Associated Press
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