Exportadoras de carne apoiam diálogo com EUA após tarifaço de Trump, diz Abiec

A imposição de tarifas pelo governo dos Estados Unidos gerou uma onda de preocupação entre as indústrias exportadoras brasileiras, especialmente no setor de carnes. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) manifestou seu descontentamento com o aumento da carga tributária sobre as carnes bovinas, que pode ultrapassar 76% ao somar-se à alíquota atual de 26,4%. Este aumento significativo ameaça inviabilizar economicamente o setor, que em 2024 exportou 229 mil toneladas de carne bovina para os EUA, com uma previsão de atingir 400 mil toneladas neste ano.
Em resposta, a ABIEC disse que está em diálogo com importadores norte-americanos e colabora com o governo federal para preservar o fluxo comercial com os Estados Unidos. Além disso, a associação enfatiza a importância de abrir novos mercados, com o apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária, Desenvolvimento Indústria e Comércio e Itamaraty.
Assim como o setor de carnes, a indústria de café também foi deixada de fora da lista de isenções tarifárias. No entanto, a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) encara a situação com um otimismo cauteloso. A associação vê o adiamento da entrada em vigor das novas taxas — que passaram do dia 1º para o dia 6 de agosto — como um tempo extra valioso para as negociações. A entidade ressalta que o café brasileiro representa 34% do mercado cafeeiro nos Estados Unidos, onde 76% da população consome a bebida. Por isso, a Abic acredita que há espaço para um acordo favorável.
*Com informações de Beatriz Manfredini
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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