Governo projeta PIB maior e inflação menor para 2025; agro recua, mas indústria e serviços avançam
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Caieiras,12/07/2025

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Governo projeta PIB maior e inflação menor para 2025; agro recua, mas indústria e serviços avançam

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O Boletim Macrofiscal divulgado nesta sexta-feira (11) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda apresentou uma leve melhora nas estimativas para o desempenho da economia brasileira em 2025. A projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi elevada de 2,4% para 2,5%, enquanto a expectativa de inflação medida pelo IPCA foi revisada para baixo, passando de 5,0% para 4,9%. Segundo a secretaria, “a mudança reflete a inflação abaixo da esperada nos meses de maio e junho, além de revisões no cenário à frente devido principalmente à menor cotação projetada para o real frente ao dólar”.


Para 2026, a projeção de IPCA se manteve constante em 3,6%, dentro do intervalo da meta de inflação. De 2027 em diante, espera-se convergência da inflação ao centro da meta. Para o INPC de 2025, a projeção caiu de 4,9% para 4,7%, enquanto para o IGP-DI, caiu de 5,6% para 4,6%. A estimativa de crescimento do PIB para 2026 também foi divulgada, com expectativa de avanço de 2,4%, em linha com a tendência de crescimento moderado e sustentável. Já o IPCA projetado para o próximo ano segue em 3,6%, valor que permanece dentro do intervalo da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional.


Recuo do agro e avanço de indústria e serviços


O boletim também chama atenção para o desempenho setorial da economia. A agropecuária, que teve forte peso no PIB em anos anteriores, deve apresentar retração no segundo semestre. “Na comparação trimestral, o PIB agropecuário deverá cair, enquanto o ritmo de atividade na indústria e em serviços deve aumentar. Pela ótica da demanda, a expectativa é de desaceleração no ritmo de expansão da absorção doméstica, inclusive com recuo do investimento, e de contribuição positiva do setor externo”, pontua o relatório.


A perspectiva é de que o mercado interno, apesar de continuar como principal motor da economia, cresça em ritmo mais lento, abrindo espaço para um maior peso das exportações no desempenho econômico.


Dívida pública: projeções de mercado tendem a convergir para dados da Fazenda


O boletim de julho não trouxe novos dados efetivos da dívida bruta do governo geral (DBGG), que estava estimada em 80,3% do PIB em maio, abaixo dos 80,7% de fevereiro. A dívida líquida do setor público (DLSP), por sua vez, era de 61,6% do PIB em março, último dado disponível.


Apesar de as projeções do mercado indicarem trajetória ascendente da dívida nos próximos anos, o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, afirmou que esse movimento tende a se ajustar. Ele lembrou que, em 2023, a projeção era de que a dívida chegaria a 80%, mas o número efetivo ficou abaixo disso, reforçando que se trata de uma variável sensível ao cenário econômico e sujeita a revisões frequentes.


“É uma variável difícil de projetar, mas tem sido alvo de constância. As projeções estão sujeitas a incertezas e muitas vezes o mercado começa a revisar suas estimativas, que acabam convergindo para os números da SPE”, avaliou Mello.


Expectativas de mercado indicam estabilidade no resultado primário


As projeções do mercado financeiro para o resultado primário de 2025 se mantiveram relativamente estáveis em relação ao boletim de maio, segundo os dados mais recentes do Prisma Fiscal. A mediana das estimativas das instituições consultadas em julho aponta para um déficit primário de R$ 72,11 bilhões, o equivalente a 0,57% do PIB.


Apesar da piora registrada em junho, o mercado voltou a ajustar suas projeções para patamares próximos aos de maio, quando se estimava um déficit de R$ 72,69 bilhões. Em relação ao início da série, houve melhora significativa: em julho de 2024, o déficit esperado era de R$ 95,34 bilhões — R$ 23,23 bilhões acima da projeção atual.





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Importante destacar que as estimativas de mercado ainda não consideram a dedução de R$ 45,32 bilhões referentes ao pagamento de precatórios, permitida pela legislação fiscal para fins de apuração da meta. Com essa compensação, o déficit primário projetado cairia para R$ 26,79 bilhões, abaixo do limite inferior da meta estabelecida para o ano, de R$ 31,07 bilhões. Na prática, isso significa que, mesmo diante das incertezas, o mercado segue apostando no cumprimento da meta fiscal em 2025.




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