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Governo russo afirmou que Brasília não deixou claro seu posicionamento sobre cumprimento ou não do mandato de prisão expedido contra Vladimir Putin pelo Tribunal Penal Internacional, do qual Brasil é signatário. Encontro do Brics acontece na semana que vem no Rio. O presidente russo, Vladimir Putin, não viajará para a cúpula do Brics, que acontece na semana que vem no Rio de Janeiro, anunciou o Kremlin nesta quarta-feira (25).
O assessor de política externa do governo russo, Yuri Ushakov, afirmou que Putin decidiu não comparecer a reunião de líderes do grupo porque o Brasil "não conseguiu se posicionar de forma clara" sobre o mandado de prisão emitido contra o presidente russo pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).
"Isso se deve a certas dificuldades, no contexto da exigência do TPI. Nesse contexto, o governo brasileiro não conseguiu se posicionar de forma clara,que permitisse a participação do nosso presidente nesta reunião", disse Ushakov.
Em 2023, o TPI emitiu condenou Putin à prisão por crimes de guerra durante o conflito contra a Ucrânia. Em teoria, países signatários do tribunal, como o Brasil, devem cumprir mandados de prisão emitidos pela corte internacional, mas não há
A Rússia nega as alegações de crimes de guerra e o Kremlin, que não assinou o tratado de fundação do TPI, considerou o mandado nulo e sem efeito. Mas isso significa que Putin precisa avaliar o risco de ser preso se viajar para outro país signatário do tratado do TPI.
Em 2023, ele decidiu não viajar para a África do Sul, para uma cúpula também do Brics. Mas, no ano passado, ele foi recebido com tapete vermelho na Mongólia, mesmo sendo um estado-membro do TPI.
Ushakov afirmou que Putin participaria por videoconferência da cúpula do BRICS, que ocorrerá nos dias 6 e 7 de julho no Brasil.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, viajará à cúpula para representar a Rússia. Segundo relatos da mídia, o presidente chinês, Xi Jinping, não comparecerá à cúpula.

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