Família de Juliana Marins está com ‘muita expectativa’ no resgate após brasileira ser localizada a 500m de vulcão na Indonésia

Família de Juliana Marins, a brasileira de 26 anos que caiu em um penhasco enquanto fazia uma trilha na Indonésia, na última sexta-feira (20) vive a expectativa pela retomada da operação de resgate. Em vídeo postado nas redes sociais no início da noite desta segunda-feira (23) a irmã de Juliana, Mariana Marins, afirmou: “A gente está muito na expectativa de ver a Juliana novamente, viva e bem aqui com a gente”. “Quero agradecer todo mundo, todo carinho que vocês têm enviado, todas as energias positivas. Tenho certeza que Juliana está sentindo isso tudo lá agora e isso está mantendo ela viva. Eu sinto isso. A gente não tem confirmação ainda do estado (de saúde) dela, mas tenho certeza que isso tudo está fazendo muita diferença. Muito obrigado, gente! Vamos trazer a Juliana pra casa”, agradeceu a irmã.
Em outra postagem logo em seguida, a legenda de uma foto de Juliana afirma: “Força, Juliana, aguente firme! A ajuda tá chegando!”. O pai de Juliana, Manoel Marins, está viajando rumo à Indonésia para acompanhar a operação de resgate, mas nesta segunda-feira permanecia em Lisboa, Portugal. Isso porque, para chegar à Indonésia, o voo precisa passar por Doha, no Catar, mas o aeroporto de lá está fechado em função de ataques do Irã a uma base militar dos Estados Unidos no Catar
Nesta segunda, a direção do Parque Nacional do Monte Rinjani, na Indonésia, divulgou imagens da operação de resgate da brasileira de 26 anos. Ela escorregou em um penhasco enquanto percorria uma trilha na sexta-feira (20) e desde então aguarda resgate, a cerca de 500 metros do ponto onde caiu e há mais de 60 horas sem água, sem comida nem agasalho adequado à temperatura local. “Dois alpinistas bem experientes da região estão indo ao encontro do local do acidente de Juliana”, publicou nesta segunda-feira um perfil criado por familiares de Juliana para divulgar notícias sobre seu resgate. “Não temos a informação se eles conseguirão dar continuidade ao resgate durante a noite, mas sabemos que há um bom reforço, com equipamentos específicos para acompanhar a equipe que já está no local”, completou o perfil.
Desde que o acidente aconteceu e as autoridades foram acionadas, já ocorreram outras tentativas de resgate, todas interrompidas antes que os socorristas chegassem até a brasileira. “Às 16h do horário local o resgate foi interrompido por condições climáticas. Mas antes já havia sido dito que eles parariam ao entardecer por não operarem à noite”, registrou o mesmo perfil, na manhã desta segunda-feira. “Um dia inteiro e eles (os socorristas) avançaram só 250 metros abaixo, faltavam 350 metros para chegar na Juliana e eles recuaram mais uma vez! Mais um dia! Nós precisamos de ajuda, nós precisamos que o resgate chegue até Juliana com urgência!”, conclui o texto.
A brasileira de Niterói, que fazia um “mochilão” pela Ásia desde o final de fevereiro, está desde sexta-feira sem água, sem comida nem agasalho. Socorristas tentam resgatá-la. O acidente aconteceu na madrugada de sábado pelo horário local – noite de sexta-feira, 20, no Brasil. O Mount Rinjani (3.726 metros de altura), é um vulcão localizado na Ilha de Lombok, a cerca de 1.200 km de distância de Jacarta. O embaixador do Brasil em Jacarta entrou pessoalmente em contato com o diretor internacional da Agência Nacional de Combate a Desastres da Indonésia e tem recebido das autoridades locais os relatos sobre o andamento dos trabalhos. Dois funcionários da embaixada deslocaram-se neste domingo (22) para o local, a fim de acompanhar pessoalmente os esforços pelo resgate, que está sendo dificultado por condições meteorológicas e de visibilidade adversas.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Sarah Paula
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