Estrago da chuva no RS não é “parecido” com o do ano passado, diz Leite
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, publicou um vídeo nas redes sociais nesta quarta-feira (18) em que afirma que “até aqui, as informações não dão conta de qualquer coisa parecida com o que o estado vivenciou no ano passado”.
A fala vem no momento em que o Rio Grande do Sul é atingido por fortes chuvas, que já deixaram duas pessoas mortas e uma desaparecida, e faz menção à enchente de maio do ano passado.
Segundo Leite, do final de semana até esta quarta-feira, várias localidades já registraram acumulado de mais de 350 mm de chuva, especialmente as regiões Noroeste e Central. Contudo, no ano passado, segundo o governador, foram mais de 1000 mm distribuídos de forma generalizada, que contribuíram para provocar a maior tragédia climática do RS.
Leite afirmou que há situações pontuais críticas no cenário atual. Disse também que muitos transtornos registrados com a chuva, especialmente na Região Metropolitana de Porto Alegre, não se relacionam a inundações causadas pelos rios, mas sim a problemas de drenagem urbana dos municípios.
Ainda, de acordo com Leite, a Defesa Civil monitora, neste momento, especialmente as cheias nas regiões do Vale do Taquari e do Vale do Caí. A Prefeitura de Lajeado informou que o Rio Taquari transbordou e atingiu 19,24m, às 13h45 desta quarta-feira. A cota de inundação é de 19m. O município disse que já acionou o plano de contingência e remove famílias ao Parque do Imigrante.
“Nós também devemos ter riscos de deslizamentos ao longo desses próximos dias, em função do solo encharcado, especialmente nas regiões mais montanhosas: no Centro do Estado, nos Vales e na região da Serra Gaúcha” – disse o governador, que ainda afirmou que “nós estamos mais fortes, nós reforçamos equipes com equipamentos, com estrutura, que ajudam a dar resposta melhor para uma situação como essa”.
A previsão, segundo o governador gaúcho, é que nas próximas 24h chova mais: entre 100 mm a 120 mm em algumas localidades.
A Defesa Civil informou que, até este momento, o Rio Grande do Sul contabiliza mais de 1300 pessoas desalojadas e pelo menos 1000 pessoas em abrigos.
Problemas como alagamentos, danos em estruturas de pontes, falta de luz e quedas de árvores já foram registrados em 51 municípios gaúchos.
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