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Em 2021, Flávio aceitou a proposta de usar o conhecimento técnico que tinha para transportar drogas para o exterior em troca de R$ 1 milhão. Já em 2023 virou alvo das autoridades após ser pego pela Marinha americana com três toneladas de cocaína no litoral africano. Quem é o brasileiro acusado de velejar para o tráfico
O Fantástico revelou detalhes da prisão de um velejador brasileiro apontado como integrante de uma quadrilhava que levava cocaína para a Europa e a Ásia. Flávio Fontes trabalhou com o navegador e escritor Amyr Klink entre 2003 e 2012. Em 2005, ele apareceu no documentário “O Continente Gelado”, como integrante da tripulação do veleiro Paratii 2, durante uma viagem à Geórgia do Sul, um território britânico próximo à Antártica.
Em um dos seus livros, o navegador Amyr Klink escreveu:
“Flávio Fontes viajou comigo durante mais de dez anos... Já fomos juntos pela Antártica pelo menos nove vezes. Já me salvou a vida inúmeras vezes e eu devo ter salvado a dele em algum momento.”
Segundo a esposa de Amyr Klynk, o marido trabalhou com Flávio há mais de 15 e que, de lá para cá, eles não tiveram mais notícia dele.
Velejador brasileiro, Flávio Fontes
Reprodução/TV Globo
Proposta de R$ 1 milhão
Segundo as investigações, em 2021, Flávio Fontes aceitou a proposta de usar o conhecimento técnico que tinha para transportar drogas para o exterior em troca de R$ 1 milhão. Já em 2023, virou alvo das autoridades após ser pego pela Marinha americana com três toneladas de cocaína no litoral africano.
Droga foi apreendida pela polícia espanhola nas Ilhas Canárias
Reprodução/TV Globo
Veleiros do tráfico: veja como atuava quadrilha que levava cocaína para o exterior; velejador brasileiro delatou esquema
Viagens e apreensões
Na primeira missão, em 2022, o veleiro partiu vazio de Ilhabela. A droga foi embarcada em alto-mar e descarregada 36 dias depois, no litoral africano. Flávio conseguiu voltar ao Brasil sem ser pego, mas logo embarcou em uma segunda viagem — com mais três toneladas de cocaína. Dessa vez, foi interceptado pela Marinha americana antes de concluir a entrega. O veleiro foi destruído e Flávio, preso.
Nos Estados Unidos, decidiu colaborar com as autoridades e revelou detalhes do esquema. Flávio está detido em um presídio na Flórida, nos Estados Unidos, e teve a pena reduzida após colaborar com as investigações. Ele também não tem mais advogado, e a família não quis se manifestar.
Veleiro interceptado com drogas foi destruído
Reprodução/TV Globo
Veja a reportagem completa no vídeo abaixo:
Um experiente velejador brasileiro aceita entrar para uma quadrilha por um milhão de reais.
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